Resumo: A autora inicia suas considerações sobre currículo apontando
duas perspectivas de análise que no fim são complementares: a primeira delas
refere-se às influências externas, ou do contexto político e social, e a
segunda se refere às influências internas, que dizem respeito aos conceitos e
definições teórico-metodológicas.
Em seguida, utiliza com referência Magda Soares (1996) para
discorrer uma breve retrospectiva da constituição da Língua Portuguesa como
componente curricular. Aponta sobre o processo de democratização da escola e o
aumento significante de alunos a partir dos anos 50 que tornou necessária a
contratação de novos professores com formação deficiente. Além disso, as péssimas
condições de trabalho contribuíram para a desvalorização do profissional do
magistério. Tais condições refletem a condição do professor atual que se torna
cada vez mais dependente do livro didático.
Quanto aos conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa, Barretto
aponta uma competição entre língua oral e língua escrita. E que, historicamente
a língua oral vem perdendo espaço na escola para a escrita que se efetiva nos
livros didáticos pela Gramática.