segunda-feira, 11 de março de 2013

Postagem VII: MARINHO, Marildes. A Língua Portuguesa nos Currículos de Final de Século. Autores Associados, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 2000.


Resumo: A autora inicia suas considerações sobre currículo apontando duas perspectivas de análise que no fim são complementares: a primeira delas refere-se às influências externas, ou do contexto político e social, e a segunda se refere às influências internas, que dizem respeito aos conceitos e definições teórico-metodológicas.


Em seguida, utiliza com referência Magda Soares (1996) para discorrer uma breve retrospectiva da constituição da Língua Portuguesa como componente curricular. Aponta sobre o processo de democratização da escola e o aumento significante de alunos a partir dos anos 50 que tornou necessária a contratação de novos professores com formação deficiente. Além disso, as péssimas condições de trabalho contribuíram para a desvalorização do profissional do magistério. Tais condições refletem a condição do professor atual que se torna cada vez mais dependente do livro didático.
Quanto aos conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa, Barretto aponta uma competição entre língua oral e língua escrita. E que, historicamente a língua oral vem perdendo espaço na escola para a escrita que se efetiva nos livros didáticos pela Gramática.

Postagem VI: Trabalho em Grupo

Análise do livro didático de 1° ano "Projeto Buriti Português", Editora Moderna. Sequência Didática da disciplina de Língua Portuguesa para o 1° ano de escolaridade. As atividades foram criadas tendo como referência os PCN's.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Postagem V: SILVA, Sílvio Ribeiro. Gênero Textual e Tipologia Textual.

O ensaio de Sílvio Ribeiro da Silva pretende levantar questões sobre os conceitos de Gênero Textual e Tipologia Textual a partir das considerações de dois autores: Marcuschi e Travaglia.

Marcushi defende o trabalho com o Gênero Textual, por entender que a Tipologia acaba limitando o trabalho do professor, uma vez que um mesmo tipo de texto pode se configurar de formas diferentes – o que para ele se configura como Gênero.
Um importante conceito defendido por Marcushi é o de heterogeneidade tipológica: para Marcushi todos os tipos de texto se realizam em um gênero. Como exemplo é citado o gênero carta pessoal que pode apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argumentação. Outro conceito defendido por Marcushi é o de intertextualidade intergêneros que acontece quando um gênero possui a função de outro.
Em contraponto às ideias de Marcuschi, Travaglia defende a abordagem da Tipologia Textual. Para o autor, o trabalho com diferentes tipos de texto exercem uma importante função social, sendo fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa.
Os coneitos defendidos por Travaglia são os de conjunção tipológica e intercâmbio de tipos. A conjunção tipológica acontece quando em um mesmo texto tem-se a presença de diversos tipos. Já o conceito de intercâmbio de tipos é bem parecido com o conceito de Marcuschi de intertextualidade intergêneros: acontece quando um tipo de texto pode ser usado no lugar de outro tipo.

Resumindo:

Marcushi
·         a) intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
·         b) heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos

Travaglia 
·         a) conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
·         b) intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Postagem IV: CORSINO, A abordagem das diferentes áreas do conhecimento nos primeiros anos do ensino fundamental. Salto para o futuro, Anos iniciais do ensino fundamental,Brasília: MEC, ano XIX, pp. 29-42, setembro/2009.



O texto se inicia com a transcrição de um relatório de uma professora do 2º ano de escolaridade acerca de um projeto desenvolvido em sua turma. O projeto intitulado “Metamorfose: o segredo da vida” surgiu de maneira inusitada: a partir de um pote de lagartas levadas para a aula por um aluno. As lagartas despertaram a curiosidade da turma e serviram como tema para observações diárias e pesquisas.

Em seguida, Corsino aponta dois principais movimentos percebidos no relato da professora: o primeiro é o acolhimento e a receptividade àquilo que foi levado pelo aluno à escola. Para ilustrar este ato, o autor utiliza uma tela de Van Gogh (Primeiros Passos) onde o adulto curva-se à criança; o segundo movimento é a abertura para o imprevisível, a flexibilidade no planejamento. Os rumos da aula mudaram completamente a partir da curiosidade dos alunos em relação às lagartas. A professora curvou-se ao interesse da turma sem deixar de lado o aprendizado de conhecimentos e habilidades relevantes.

Outro ponto importante destacado pelo autor é o fato de que o trabalho interdisciplinar nas séries iniciais do Ensino Fundamental é facilitado, uma vez que a curiosidade das crianças nos dão inúmeras possibilidades na criação de projetos como o da professora citada acima. Projetos que surgem da curiosidade das crianças e da sensibilidade do professor para perceber um bom tema para a aula.

Um dos tópicos do texto diz respeito ao trabalho com as diferentes áreas do conhecimento e seus objetivos. Trasncrevo aqui o trecho em que o autor discorre sobre a área da Linguagem:

"O trabalho com área da Linguagem parte do princípio de que a criança, desde bem pequena, tem infinitas possibilidades para o desenvolvimento de sua sensibilidade e de sua expressão. Um dos grandes objetivos do currículo nesta área é a educação estética , isto é, sensibilizar a criança para apreciar uma pintura, uma escultura, assistir a um filme, ouvir uma música. (...) É importante que o cotidiano das crianças das séries/anos iniciais seja pleno de atividades de produção e recepção de textos orais e escritos, tais como: escuta diária da leitura de textos diversos, especialmente de histórias e textos literários, produção de textos escritos, mediada pela participação e o registro de parceiros mais experientes, leitura e escrita espontânea de textos diversos, mesmo sem o domínio das convenções, participação em jogos e brincadeiras com a linguagem, entre muitas outras possíveis."

Deixo aqui algumas sugestões que podem servir como um pontapé inicial para estimular a formação de alunos leitores:

  • Incentive a visitação a biblioteca da escola;
  • Leia para seus alunos;
  • Dê espaço para que os alunos apresentem as idéias acerca do conteúdo das obras lidas, essas podem ser expressas oralmente e também através de figuras, desenhos, pinturas, etc.
Clique aqui para ter acesso ao texto na íntegra! 

 

Postagem III: Alfabetização e Letramento - Sugestão de Atividade

A palavra é...

Objetivo: desenvolvimento da consciência fonológica das crianças de 6 a 8 anos.

- A turma deverá ser organizada em um círculo para facilitar a conversa
- O professor diz uma palavra e os alunos deverão acrescentar uma consoante antes da primeira sílaba, formando outra palavra.

A atividade deve ser realizada com dicionários disponíveis para que alunos consultem os significados das palavras.

Até a próxima!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Postagem I: COSTA, Débora Amorim Gomes da. Fala e escrita: propostas didáticas para os anos iniciais do ensino fundamental. 31ª. Reunião Anual da Anped, Caxambu-MG, 2008.

O texto de Debora Costa pretende, através da análise de livros didáticos voltados para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, analisar como estes materiais abordam a questão da fala e da escrita em sua relação com a língua materna.

Para tanto foram escolhidas duas coleções de livros indicados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Segundo a autora ambas possuem como perspectiva um ideal de "língua como interação, evidenciando a necessidade de se trabalhar a dimensão textual e discursiva da língua, contemplando as relações fala-escrita como processo de interação entre sujeitos".



Para a análise das coleções é adotada uma concepção de linguagem que se baseia em três perspectivas, sendo elas:"a estruturalista - que compreende a linguagem como expressão do pensamento;
a transformacionalista - que compreende a linguagem como instrumento de comunicação;
enunciativa - que concebe a linguagem como processo de interação."




A avaliação das coleções demonstrou que os materiais trabalham as relações fala-escrita sob perspectivas bem diferentes. Enquanto em uma das coleções - C1 - busca-se interpretar a fala-escrita de maneira interligada, mediada pela intenção do interlocutor,  a coleção caracterizada no texto como C2 possui como embasamento uma polarização das relações fala-escrita. Tal situação fica evidente nas atividades presentes no livro, uma vez que tendem a classificar a escrita com uma certa superiodade em relação à fala (simples x complexa).
Percebe-se através desta análise que o livro didático, que é frequentemente utilizado como principal material de apoio ao professor, pode contribuir para a desvalorização da fala em detrimento de uma supervalorização das normas da linguagem escrita.


Clique aqui para ter acesso ao texto na íntegra!